sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Homilética - A arte de pregar - Apostila para baixar

HOMILÉTICA


INTRODUÇÃO:
A pregação da Palavra de Deus é um dos maiores privilégios confiados ao homem. É também uma de suas maiores responsabilidades. Através da pregação, Deus escolheu revelar-se aos homens. Este conhecimento de Deus que é transmitido através da pregação pode conduzir os homens à salvação eterna através da fé em Jesus Cristo e também transforma-los à imagem e semelhança de Deus.
A arte da pregação é freqüentemente chamada de homilética, que é uma palavra derivada da palavra grega homilia, que significa “o falar de Deus aos homens” (At. 20:11) A homilética inclui o estudo de tudo que se relaciona com a arte da pregação. Há dois aspectos distintos na pregação: primeiramente o divino e, em segundo lugar, o humano. A homilética é o estudo do aspecto humano!

COMO SER EFICAZ

A pregação é a arte de se comunicar verdades divinas através da personalidade humana. Um pregador é essencialmente um comunicador. Ele recebe as verdades de Deus e as comunica eficazmente aos homens. Deus dá a revelação e o homem fornece a apresentação.
Para fazer isso eficazmente, ele precisa aprender a fazer bem várias coisas:
a.    Esperar em Deus;
b.    Estudar a Bíblia;
c.    Ter um caderno;
d.    Seja purificado pela Palavra.

DUAS IDÉIAS ERRADAS SOBRE A HOMILÉTICA

Há pelo menos dois erros comuns que as pessoas tendem a cometer com relação a homilética.

ÿ  Preparação Desnecessária

A primeira idéia errada é que a preparação é desnecessária e indica uma falta de fé. As pessoas que adotam esta opinião têm a tendência de acharem que a verdadeira fé despreza qualquer tentativa de se preparar a mente, e simplesmente se colocam diante da congregação crendo que Deus suprirá então as palavras a serem faladas.
ÿ  A Capacidade humana é suficiente
O segundo erro vai quase para o outro extremo. Neste caso, uma confiança total é colocada na pregação e na capacidade humana. Há pouca ou nenhuma dependência do Espírito Santo, havendo porém uma autoconfiança que é o resultado do treinamento e do desenvolvimento das capacidades naturais.

QUATRO ÁREAS DA HOMILÉTICA

  • Há quatro áreas principais que a Homilética aborda:
ÿ  Conceito
Isto tem a ver com a obtenção do tema original para a mensagem. É a arte de se saber como receber uma mensagem de Deus. Trata de como devemos receber a idéia e temas iniciais para um sermão.
ÿ  Composição
Tendo recebido a inspiração numa determinada verdade, você precisa agora começar a analisa-la para descobrir tudo o que esta verdade contém. O seu caderno é importante exatamente neste ponto! Enquanto você medita em oração, escreva cuidadosamente todos os pensamentos que vem à sua mente.
ÿ  Construção
Tendo analisado por completo, toda a matéria para o seu assunto e feito uma lista de todos os aspectos das verdades que você pode encontrar na sua matéria, você deve agora começar a reunir esses pensamentos de uma forma ordenada. Isto é essencial para você poder fazer considerações adicionais ao assunto em atitude de oração.
ÿ  Comunicação
Finalmente, chegamos à apresentação da mensagem:
ü  A comunicação clara e eficaz das verdades
ü  Como apresentar o seu assunto de uma maneira que cative a atenção dos seus ouvintes.
ü  Como desenvolver seus pensamentos, de uma maneira tão ordenada que seus ouvintes possam seguir facilmente a linha de verdades que você está tentando transmitir.
ü  Como motivar seus ouvintes a ações apropriadas, pois devemos ser cumpridores da palavra e não somente ouvintes (Tg. 1:22)
Esses conceitos constituem os aspectos essenciais da preparação de sermões.

TRÊS TIPOS DE PREPARAÇÃO DE SERMÕES

ÿ  Sermão Escrito
Este é um método que exige bastante tempo de preparação. Envolve anotações bem copiosas. Às vezes, a mensagem inteira é escrita de antemão. O pregador sabe exatamente o que deseja falar e como deseja falar. Todos os pensamentos são escritos por extenso. Em geral isto significa várias páginas de anotações.
Exemplo: A maioria dos esboços usados pelo Presidente da República
ÿ  Anotações do Tipo Esqueleto
Este é o método mais usado e o mais eficiente. As anotações são sempre mínimas, o que permite um esboço da mensagem suficiente para se refrescar a memória.
Estas breves anotações formam o esqueleto da mensagem. São os ossos que dão forma e estrutura ao que o pregador deseja dizer. À medida em, que fala, ele coloca carne nos ossos e um corpo no seu sermão. Ele amplifica os pensamentos que as suas breves anotações estimularam.
ÿ  Sermão Improvisado
Este estilo de pregação é espontâneo e geralmente feito sem anotações na hora da apresentação. O assunto em questão freqüentemente recebe muitas reflexões cuidadosas de antemão e a mente e o coração ficam repletos dos aspectos vitais da mensagem.
Este tipo de pregação pode ser emocionante e estimulante quando feita por um pregador capaz e experiente. Estimula as emoções enquanto também oferece informações à mente.

PARTES DO SERMÃO

O sermão é constituído de três partes, a saber

  • Introdução, no qual estão incluídos o texto e o tema;
  • Divisão ou desenvolvimento do sermão;
  • Conclusão

I.                      INTRODUÇÃO

  • Características da Introdução:
a.  Em geral deve ser preparada com antecipação. Uma introdução improvisada é, via de regra, imprecisa, obscura e hesitante. E isso impressiona mal os ouvintes;
b.  Deve ser proferida com firmeza e segurança para impressionar bem;
c.   Deve ser vazada no mesmo estilo do sermão. Deve-se evitar que a introdução tenha um estilo de um outro sermão;
d.  Deve ser breve. Uma introdução longa não só impacienta o auditório como prenuncia um sermão extenso, o que desagrada sobremaneira aos ouvintes;
e.  Não deve antecipar elementos contidos no corpo do sermão. Se tal acontecer, o sermão será prejudicado pela repetição e os ouvintes perderão todo o interesse na pregação;
f.    Não deve prometer mais, quer pelo estilo quer pelo conteúdo, do que o sermão encerra;
g.  Deve ser solene. Uma introdução displicente, mal preparada, gaguejada ou arrancada a custo, causa decepcionante impressão nos ouvintes.
·         Fontes da Introdução:
a.  O texto;
b.  O contexto;
c.   O tema;
d.  As circunstâncias ambientais. Quando o sermão é ocasional, permite-se tirar a introdução das sugestões ambientais;
e.  Fatos históricos ou ilustrações.

II.            DIVISÃO DO CORPO DO SERMÃO

  • Características da Divisão:
  • Deve ser lógica;
  • Deve visar a unidade do sermão;
  • Deve estar relacionada com o texto ou com o tema, conforme a espécie do sermão;
  • Um ponto principal não deve repetir nem incluir matéria do outro;
  • A transição entre um ponto e outro deve ser feita de maneira sutil e suave.
  • Quantidade de Pontos ou Divisões:
  1. O corpo do sermão pode ser dividido em tantos pontos quantos forem necessários.
  2. Deve-se, entretanto, evitar as divisões abundantes ou numéricas
  3. Em regra, as divisões não devem ir além de quatro ou cinco, nem aquém de duas. Uma divisão numerosa cansa o pregador e o auditório, prejudicando o efeito do sermão.
  4. O sermão ideal e lógico é o de TRÊS PONTOS.
  5. Cada ponto principal deve ser uma divisão da proposição ou proposições contidas no texto ou no tema.
·         Quantidade de Sub-pontos
  1. Cada ponto deve ter pontos sub-pontos quantos forem necessários para explica-lo ou analisa-lo. Os sub-pontos são análises ou explicações dos pontos principais.
  2. Os sub-pontos também podem ser divididos se a necessidade assim o exigir. Todavia, convém não esquecer que sermões muito divididos se tornam complexos, e conseqüentemente, mais difíceis de ser pregados.
·         Fontes da Divisão:
  1. O texto, se trata de sermão textual ou expositivo.
  2. O tema ou assunto, se o sermão é temático
·         Importância da Divisão:
  1. Auxilia na construção do plano do discurso
  2. Facilita a análise da proposição principal do sermão
  3. Facilita a memorização dos pontos principais do discurso, divagações e prolixidades.
  4. Ajuda os ouvintes a acompanhar a discussão do assunto como também a recordar o sermão.
·         Ordem das Divisões:
  1. A divisão deve começar do ponto mais fraco para o mais forte.
  2. A ordem de ser, portanto, ascendente.

III.           CONCLUSÃO

  • Deve ser breve. Uma conclusão longa impacienta o auditório e anula os efeitos do sermão.
  • Pode ser uma recapitulação dos pontos principais do sermão
  • Pode construir-se em aplicações objetivas e práticas.
  • Pode ser feita em forma de veemente apelo à aceitação da verdade pregada.
  • Quando o apelo for prático, o pregador deve:
ü  Preparar imperceptivelmente o auditório para esse fim com habilidade e arte
ü  Evite afetar emoções não realmente experimentadas. O auditório descobre se o pregador está sentindo ou não o que diz.
ü  Só os apelos inflamados, nascidos do coração do pregador, impressionam o auditório e produz efeitos.
ü  Se conseguir comover o auditório não explore demasiadamente esse estado psíquico para não prejudicar o efeito.

ESPÉCIE DE SERMÃO

·         Distinguem-se três espécies de sermão:
1.            Temático
2.            Textual
3.            Expositivo

I.      SERMÃO TEMÁTICO

·         Definição:
É aquele  cuja divisão é extraída do tema. Noutras palavras; divide-se o tema e não o texto donde o tema é tirado.
Neste caso, o pregador deseja apresentar tema específico à sua congregação. Por exemplo, ele pode escolher o tema da “justificação”. O seu objetivo seria, primeiramente, descobrir tudo o que a Bíblia tem a dizer sobre este fascinante assunto.
Em seguida, ele arranjaria todas as passagens bíblicas e pensamentos que obtiver de uma maneira ordenada a fim de poder desenvolver o seu tema. O objetivo dele seria  dizer aos seus ouvintes tudo o que deveriam saber sobre este importante assunto.

·         Vantagens do Sermão Temático:

  1. É o de mais fácil divisão. De fato, é mais fácil dividir um tema do que um texto, visto que este é mais complexo e aquele mais simples;
  2. É o de mais lógica. O sermão temático é o que mais se presta à observação da ordem e harmonia das partes;
  3. Conserva melhor a unidade. As proporções entre o primeiro e o último ponto, e a relação de harmonia entre estes e o tema constituem o segredo de sua unidade, a qual, por isso mesmo, é mais fácil de ser conservada de princípios a fim;
  4. Presta-se melhor à discussão de temas morais, evangelísticos e ocasionais;
e.    Presta-se melhor à perfeição ou adapta-se melhor à oratória.
·         Suas Desvantagens:
  1. Exige muito controle do pregador para evitar divagações;
  2. Requer estilo mais apurado e formal que as outras espécies;
  3. Exige mais imaginação e vigor intelectual;
  4. Exige mais cultura geral e teológica, desde que não esteja limitado à análise do texto;
  5. Exige mais conhecimento de lógica e de léxica, de vez que se presta a discussões apologéticas;
  6. Há o perigo de negligenciar o uso abundante das Escrituras.

II.        SERMÃO TEXTUAL

·         Definição:
É aquele cuja divisão é tirada do texto. Ou aquele em que se divide o texto e não o tema.
Este estilo é baseado geralmente numa porção das escrituras relativamente curta. Aliás, como o próprio nome sugere, normalmente ele se concentra num só texto bíblico. Envolve a escolha de alguma afirmação apropriada, à sua investigação, análise e descoberta de todas as verdades nela contidas, e depois, a apresentação destas verdades de uma maneira ordenada e progressiva a fim, de facilitar aos ouvintes a assimilação da mensagem.

·         Características do Sermão Temático:

ü  É o sermão cujas DIVISÕES são formadas pelas declarações naturais dos textos tais como se acham na Bíblia;
ü  Como conseqüência às subdivisões devem ser constituídas preferencialmente de citações de textos.
ü  Esta modalidade se baseia em perguntas feitas ao texto (TESE), tais como: ONDE? COMO? QUANDO? Ou ainda: QUE? Ou QUEM? POR QUE? PARA QUE?
ü  As respostas às perguntas são dadas pelas declarações ou sentenças de que o texto é constituído.
ü  Nesse caso os pontos principais são feitos em forma interrogativa.

Vantagens do Sermão Textual

ü É profundamente bíblico;
ü Exige do pregador conhecimento profundo das Escrituras;
ü Obriga o pregador a estudar constantemente a Bíblia
ü É o que mais se presta ao doutrinamento dos crentes
ü É o que mais se adapta ao pregador de cultura mediana, mas de vasto conhecimento das Escrituras e de alguns tratados de teologia;
ü É muito apreciado pelo povo.
III.        SERMÃO EXPOSITIVO
· Definição:
É o que se ocupa principalmente da exegese ou exposição completa de um texto ou palavras das Escrituras.
Através deste método, tentamos expor ou explanar os significados e as verdades contidos numa determinada passagem bíblica. Procuramos ressaltar as verdades que geralmente estão escondidas nas entrelinhas. Este é um excelente método para se ensinar o teor completo das verdades bíblicas.

·         Características do Sermão Expositivo:

ü  Unidade. Não é mero comentário do texto bíblico, e sim análise pormenorizada e lógica do texto ou trechos sagrados;
ü  Presta-se melhor à exposição contínua de um livro ou de uma doutrina;
ü  É essencialmente bíblico e se distingue pela sua reverência à verdade sagrada;
ü  É o meio natural de induzir tanto o povo como o pregador a estudar a Bíblia;
ü  Era o método primitivo da pregação;
ü  Exige árduo trabalho do pregador.
·         Vantagens do Sermão Expositivo
ü  Requer sólido conhecimento bíblico e teológico do pregador e dos ouvintes;
ü  É o que se presta ao doutrinamento rápido e à edificação dos ouvintes;
ü  É de grande valor para o desenvolvimento do poder espiritual e da cultura teológica do pregador;
ü  Cinge-se à interpretação mais natural que alegórica, das Escrituras.
ü  É o método mais apreciado pelos que se dedicam à leitura ou ao estudo diário e constante da Bíblia.
O USO DE BONS HÁBITOS NA PREGAÇÃO
Um fator muito importante na comunicação das mensagem do evangelho é a maneira como falamos quando temos a incumbência de pregar. Todos nós já ouvimos vários tipos de pregadores e oradores: alguns interessantes, outros fracos e sem nenhum brilho; alguns falando com idéias breves e claras, outros demorando muito em expressar o que querem dizer; alguns com uma mensagem vital, outros sem nada para dizer, usando palavras destituídas de sentido, valor e clareza.
Pense um momento. Como podemos ser mais atraentes ao proferir ou apresentar as mensagens? Eis alguns dos bons hábitos que o pregador leigo deve mostrar na sua fala:
q Usar Linguagem Simples e Clara
O nosso Senhor Jesus Cristo, embora Deus-Homem, falou em termos claros e perfeitamente compreensíveis para o povo comum. Ele poderia ter usado uma linguagem profunda e difícil, mas escolheu palavras simples para o povo. Se ele é o nosso exemplo em todas as coisas, devemos segui-lo nesta parte.
q Procurar Usar o Próprio Estilo
Não deve o pregador imitar ninguém, deve ser natural e usar a própria personalidade que Deus tem dado. Especialmente quanto ao tom de voz que usa ao falar, o pregador deve usar o seu próprio tom habitual.
q Falar de tal forma que todos possam ouvir
Uns dos principais problemas de muitas pessoas que falam em público é o de serem ouvidas ou entendidas. Às vezes o volume ou força de voz não é suficiente para que os que estão mais afastados possam ouvir sem dificuldades.
O pregador precisa pronunciar distintamente cada palavra. Alguns falam depressa demais, quase em ritmo de metralhadora. Devemos tomar o máximo de cuidado com a articulação ou enunciação de nossas palavras.
q Falar Diretamente aos Ouvintes
Normalmente não temos problemas em falar aos nossos vizinhos ou a outros crentes de nossa igreja. Falamos com amigos sem nenhum embaraço. Do mesmo modo, falarmos a um grupo é mais fácil, se consideramos os ouvintes como amigos, falando-lhes em tom de conversa. Não devemos nunca causar a idéia de que somos superiores a eles. Devemos olhar às várias partes do auditório, procurando falar como se tivéssemos algo pessoal para dizer a eles, a cada ouvintes. Os olhos podem ser usados como uma espécie de segunda voz. Assim, mantermos uma comunhão direta com os nossos ouvintes.
q Falar com o Corpo Todo
Se a pregação é uma espécie de conversa animada, devemos utilizar as nossas mãos para dar ênfase àquilo que dizemos.  Não devemos ter problema em reforçar as nossas palavras com gestos.

q Falar com Convicção
Convicção é uma característica dos grandes pregadores de todos os tempos. Para alcançarmos êxito na pregação, muito depende da convicção com que falamos. Uma das fontes principais de popularidade e magnetismo pessoal no púlpito é uma convicção inabalável, um alvo definido.
q Falar com Entusiasmo
O entusiasmo é uma outra qualidade que está ligada à convicção. O entusiasmo ajuda muito a qualquer palestra ou sermão. Esta qualidade é atraente e contagiante. Entusiasmo por parte do pregador gerará entusiasmo nos ouvintes. Devemos mostrar entusiasmo em nossa voz, expressão facial e também em nossa maneira de falar.
q Falar com Amor
Que prazer é ouvir algumas pessoas falarem! O rosto delas parecem radiar o gozo, a paz e o amor do Senhor. É fácil prestar atenção àquilo que dizem. Sentimos o amor de Deus quando falam. Como tem uma atitude simpática e não de condenação ou superioridade! Sigamos o exemplo dessas pessoas, e não o exemplo negativo de algumas que falam sem manifestar o amor e a compaixão do nosso Mestre.
q Ser Breve
Se tivermos cinco minutos para falar, no culto ao ar livre, não devemos ir além do tempo designado. Se vamos pregar num ponto de pregação, é melhor que a nossa falta esteja em falar menos. É melhor deixar os ouvintes com o desejo de ouvir mais, do que deixa-los preocupado com a hora em que vamos terminar. A mensagem breve tem uma oportunidade melhor de alcançar êxito do que aquela que é cansativa.
q Pregar no poder do Espírito
O apóstolo Paulo assim escreveu em I Coríntios 2:4,5: “A minha linguagem e a minha pregação não consistiram em palavras de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder; para que a vossa fé não se apoiasse na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus”. Portanto, o alvo do pregador e de sua pregação está à nossa frente. Devemos sempre procurar pregar com poder. Só assim é que teremos o êxito que tosos nós almejamos.


EXEMPLIFICAÇÃO DAS TRÊS ESPÉCIES DE SERMÕES

1º EXEMPLOS DE SERMÃO  TEMÁTICO

TEMA: É PRECISO SER TRANSFORMADO
TEXTO: ROMANOS 12:1-2

INTRODUÇÃO
Quando Deus enviou Jesus ao mundo, tinha um propósito: mudar a vida das criaturas. Jesus veio e implantou no mundo uma nova forma de vida, a saber, a vida transformada. Nada melhor do que obedecer à ordem de Deus: Transformai-vos.

I.             O QUE SIGNIFICA SER TRANSFORMADO?
1.            Arrepender-se e crer no Evangelho, Mc. 1:15
2.            É o reino de Deus na vida. Mt. 4:17
3.            Receber o Evangelho do Reino de Deus, Lc. 4:43
4.            Crucifica o velho homem, Rm. 6:6
5.            Nascer de novo, Jo. 3:3
6.            Não permanecer nas trevas, Jo. 12:46

II.            COMO ALCANÇAR A TRANSFORMAÇÃO?
1.            Transformai-vos pela renovação da vossa mente, v. 2
2.            Pela lavagem da regeneração, Tt. 3:5
3.            Nascer da água e do Espírito, Jo. 3:5
4.            Através da graça, II Tm. 1:9

III.           EFEITOS DA TRANSFORMAÇÃO DA VIDA
1.            Oferece o corpo em sacrifício a Deus, v. 1
2.            Conhece a vontade de Deus, v. 2
3.            Não fica conformado com este século, v. 2
4.            Vitória sobre o mundo, 1 Jo. 5:4
5.            Subirá para o reino celestial, II Tm. 4:18

CONCLUSÃO
Sem a transformação, isto é, sem o domínio de Deus na vida, não entraremos no reio celestial. É preciso deixar Deus reinar agora em nós para que possamos reinar eternamente com Ele.

2º EXEMPLOS DE SERMÃO  TEMÁTICO


TEMA: SALVAI-VOS
TEXTO: ATOS 2:40

INTRODUÇÃO
O homem tem o dever de livrar-se do perigo que o rodeia, que o cerca. Vivemos cercados, ilhados, por uma onda de prazeres, de ofertas malignas, de amor ao mundo, do inimigo e da nossa própria carne, mas o Espírito de Deus adverte: Salvai-vos! A responsabilidade é pessoal, a salvação não deve ser negligenciada (Hebreus 2:3). As atalaias proclamam: Salvai-vos! (I Co. 1:21)

I.    SALVAI-VOS DE QUE?
1.         Da geração perversa, v. 40
2.         Do pecado, I Tm. 1:15; Ef. 2:1 e 5
3.         Da geração adúltera, Mt. 12:39
4.         Da geração corrupta e corruptora
5.         Do amor do mundo, I Jo. 2:15

II.   SALVAI-VOS COMO?
1.         Ele veio salvar, Mt. 18:11
2.         Jesus, Salvador de todos, I Jo. 4:14; Jo. 4:42
3.         Para os que crêem, I Co. 1:21; Lc. 18:42; At. 16:31
4.         Para os que invocam ao Senhor, At. 2:21
5.         Arrependendo-se e convertendo-se, At. 3:19

III. SALVAI-VOS  POR QUE?
1.         A necessidade é de todos, Rm. 5:12
2.         Para não ser condenado, Mc. 16:16; Rm. 8:1; Jo. 3:18
3.         Para receber vida, João 10:9,10 e 28; 3:16
4.         Para ser luz, Jo. 12:46
5.         Para estar sempre e eternamente com Jesus, Jo. 12:26; 14:3; I Ts. 4:17

CONCLUSÃO
Salvos da geração perversa, através da fé em Jesus, estaremos sempre com Ele.

1º EXEMPLO DE SERMÃO TEXTUAL

TEMA: UM CORAÇÃO NOVO
TEXTO: EZ. 36:25-27

INTRODUÇÃO
Já se tem feito muitos transplantes de coração em todo mundo. O Dr. Christian Barnad, da África do Sul, foi o primeiro médico a realizar transplante cardíaco no mundo, e o Dr. Zerbini foi o primeiro brasileiro a realizar esta cirurgia. Enquanto os médicos substituem o coração velho por outro coração velho, Jesus, o Médico dos Médicos, substitui o coração de pedra por um coração novo.

I.    DOIS TIPOS DE CORAÇÃO, V. 26

1.  O CORAÇÃO DE PEDRA
a.    É perverso e incrédulo (Hb. 3:12)
b.    É enganoso e corrupto (Jr. 17:9)
c.    É sujo (Tg. 4:8)
d.    É duro (Ef. 4:18)
e.    Deleita-se nos prazeres mundanos (Tg. 5:5; II Tm. 3:4)
f.     Está longe de Deus (Mt 15:8)

2.  O CORAÇÃO NOVO
a.    Recebeu água pura (v. 25; Jo. 4:14)
b.    Foi purificado (v. 25; At. 15:9)
c.    Tem o Espírito de Deus (v. 27; I Co. 3:16)
II.      A TROCA DO CORAÇÃO
1.    Ele pede o nosso coração de pedra (Pv. 23:26)
2.    Ele tira o nosso coração de pedra (v. 26)
3.    Ele nos dá um coração novo (v.26)

CONCLUSÃO:
Deus quer dar a todos, um coração novo em substituição ao coração de pedra. Muitos não ouvem a voz do Espírito Santo e não se rendem porque o coração é duro. Não endureçais o vosso coração (Hb. 3:15; Sl 95:8A)

2º EXEMPLO DE SERMÃO TEXTUAL
TEMA: LONGE OU PERTO DE DEUS
TEXTO: SALMOS 73:27-28
INTRODUÇÃO
O anseio mais profundo do ser humano continua o de desfrutar perfeito relacionamento com o seu Criador. Se desejarmos  descanso espiritual, temos de ir a Deus, através de Jesus. Jesus, como o Filho unigênito do Pai, prometeu descanso a todos os que vêm a ele, e afirmou ser ele o caminho, a verdade e a vida, e que ninguém pode ir ao Pai a não ser através do Filho. Está você longe ou perto de Deus.
I.    DOIS LUGARES ONDE SE PODE ESTAR
1.   Longe de Deus, v. 27
2.   Perto de Deus, v. 28
3.   Podemos estar no lugar errado, Pv. 14:12
II.   UM ÚNICO CAMINHO PARA DEUS
1.   Esse caminho é pelo sangue de Jesus, Ef. 2:13
2.   Esse caminho é o próprio Jesus, Jo. 14:6
III.  UMA GRANDE DIFERENÇA
1.   Longe de Deus, pereceremos, v. 27
2.  Perto de Deus, temos a vida eterna, Sl. 73:28; Jo. 10:27,28)
CONCLUSÃO
São bem-aventurados os que procuram aproximar-se de Deus. Além de abençoados nesta vida, desfrutarão perfeita comunhão com Deus durante toda a eternidade.


1º EXEMPLO DE SERMÃO EXPOSITIVO

TEMA: VIDEIRA, RAMOS E CINZAS
TEXTO: JOÃO 15:1-6

INTRODUÇÃO

No terreno espiritual vislumbrando por Jesus em João 15, há uma única planta: a videira. E esta, com sua raiz de Jessé bem firmada, ergue-se altaneira e bela! Jesus é a videira verdadeira que garante a vida eterna aos ramos, e seu Pai é o lavrador que dá o devido destino aos ramos infrutíferos, reduzindo-os a cinzas.

I.             A VIDEIRA
1.            Ele é a videira verdadeira,                        v. 1
2.            Sem ele nada podemos fazer,                 v. 5; Ef. 1:22-23
3.            Permanecendo nele podem os dar frutos,        v. 4
4.            Quem se alimenta de Jesus, vive por Ele,        Jo. 6:57
5.            Ele é a nossa suficiência.                                    II Co. 3:4-5; Cl. 3:11

II.            OS RAMOS
1.            Somos nós,                                                 v. 5
2.            Nada podemos produzir por nós mesmos,        v. 4
3.            Se damos frutos, somo limpos,                v. 2
4.            Somos limpos pela Palavra,                                 v. 3
5.            Damos muito fruto quando permanecemos nele e ele em nós, v. 5; I Pe. 1:23;            II Jo. 2; I Jo. 1: 24-25

III.           AS CINZAS, V. 6
1.            Quem não permanecer nele é lançado fora,    Jo. 5:38-40; *:31
2.            Seca,                                                            I Pe. 1:24-25
3.            Apanhado, lançado no fogo e queimado,         Jo. 10:10; I Jo. 5:19;   Ap. 20:15.

CONCLUSÃO
Os ramos (fieis) devem permanecer ligados à videira (Jesus), a fim de receber a vida eterna, frutificar e evitar a destruição pelo fogo e a morte eterna.


2º EXEMPLO DE SERMÃO EXPOSITIVO


TEMA: O HOMEM ANTES E DEPOIS DA SALVAÇÃO
TEXTO: EFÉSIOS 2:1-10

INTRODUÇÃO

O texto bíblico em apreço apresenta a situação do homem antes da salvação, o meio como ele é alcançado por Deus, e a sua condição depois de salvo. Vale a pena deixar o curso deste mundo e assentar-se nos lugares celestiais.

I.                      O HOMEM ANTES DA SALVAÇÃO
1.  Está morto em deleites e pecados, v. 1
2.  Anda segundo o curso deste mundo, v. 2
3.  Anda segundo o príncipe (Satanás), v. 2
4.  Anda nos desejos da carne, v. 3
5.  Anda nos desejos do pensamento, v. 3
6.  É filho da ira, v. 3

II.                    A FONTE E O MEIO DA SALVAÇÃO
1.  A misericórdia e o amor de Deus, v. 4
2.  Pela graça (dádiva de Deus), v. 8
3.  A fé pessoal em Cristo, v. 8
4.  Não por obras meritórias, v. 9

III.                   O HOMEM DEPOIS DA SALVAÇÃO
1.  É filho da misericórdia de Deus, vv. 3-4
2.  É vivificado por Cristo e criado em Cristo, vv. 1,5 e 10
(O novo homem, regenerado, participa da natureza divina. A regeneração é Cristo formado no crente, Ef. 4:24; II Co. 5:17).
3.  Assenta-se nos lugares celestiais, v. 6
4.  Pode andar no novo caminho das BOAS OBRAS, v. 10

CONCLUSÃO

Fora do sistema satânico – mundo, o âmbito do crente é o mesmo de Cristo, um plano espiritual elevado, acima do regime que governa o mundo.

7 comentários:

  1. Gostei muito de todo o texto. Está muito completo, concreto e conciso. Parabéns.
    Agradecia, que nesta oportunidade, me pudesse ajudar a responder a esta pergunta, no âmbito da Homilética Material.
    A seguir, apresentamos algumas referências bíblicas. Verifique para que ocasiões seriam apropriadas: Ne 9.22-25; 2 Sm 1.19-27; Js 24.16-28, 31; At 2; Lc 2; Jó 19; Hb 1.1-3; Rm 8.39; 1 Pe 2.13-17; Tg 3.13-18; Ne 6.9; 2 Cr 6.4-10; 2 Rs 5.1-15; 1 Rs 11.1-8; Js 8.30-35; Gn 12.1-9; Jo 1.12; 2 Co 5.17-21; Sl 23; Jo 3.1-6; Jo 3.7-13; Jo 3.14-15; Jo 3.16; 17.8-16; 2 Rs 6.8-23; 14.

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  2. Gostei muito de todo o texto. Está muito completo, concreto e conciso. Parabéns.
    Agradecia, que nesta oportunidade, me pudesse ajudar a responder a esta pergunta, no âmbito da Homilética Material.
    A seguir, apresentamos algumas referências bíblicas. Verifique para que ocasiões seriam apropriadas: Ne 9.22-25; 2 Sm 1.19-27; Js 24.16-28, 31; At 2; Lc 2; Jó 19; Hb 1.1-3; Rm 8.39; 1 Pe 2.13-17; Tg 3.13-18; Ne 6.9; 2 Cr 6.4-10; 2 Rs 5.1-15; 1 Rs 11.1-8; Js 8.30-35; Gn 12.1-9; Jo 1.12; 2 Co 5.17-21; Sl 23; Jo 3.1-6; Jo 3.7-13; Jo 3.14-15; Jo 3.16; 17.8-16; 2 Rs 6.8-23; 14.

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  3. muito boa a apostila, vou usar no curso basico de introduçao a teologia sistmatica em minha igreja, Deus o abençoe

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  4. ótimo gostei o Sehor Jesus vem para nos
    salva curar liberta e fazer grandes mudança em nossas vida amem

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  5. ÓTIMA a paz irmão na fé gostaria de receber todos tipos de esboços como prega o evangelhos amem

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  6. Muito bom material de apredizado! Deus continue abençoando amado pastor.

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